Quantas vezes contei pelo tempo,
achando
que
seria breve,
como
a brisa do vento.
Minhas vestes eram iluminadas,
por
um toque suave,
como
flores de cetim.
A espera
era a esperança,
em
tê-lo junto a mim,
em momentos inesquecíveis
de
um prazer sem
fim.
Contava e recontava
as flores,
que encantavam
nossos passeios,
pelos caminhos
que
nos levavam,
aos suntuosos jardins.
Borboletas levantavam voos rasantes
e
pousavam muitas vezes,
sobre
caules de jasmins.
Ah,uma espera,
que
não chegaria nessa nova primavera!
As flores não iriam sorrir
e
não exalariam
os aromas,
que
perfumaram toda a estação.
Seu retorno somente seria,
junto as folhas secas do
outono
ou
quem sabe,
nas tardes quentes do verão.
Primavera,
que
impera com seu colorido,
mas logo vai embora,
sem
esse amor pisar,
no
florido jardim de agora.
Irei contar o tempo e a hora,
quando os pássaros começarem a cantar,
pois estarão anunciando
sua chegada,
para enfim me amar.
E entre
flores que colorem,
os
caminhos do nosso jardim,
quero vê-lo junto a mim,
caminhando
os
caminhos do nosso jardim,
quero vê-lo junto a mim,
caminhando
sobre
as
as
pétalas de cetim.
Poema Carmen Lúcia-imagem-goumyz