Seja Bem Vindo Outono!

Seja bem vindo Outono,tu chegaste e deixaste tuas folhas como mantos cobrindo os campos.

O violino emudeceu,para dar entrada ao farfalhar dos teus sons enobrecendo as manhãs de um Outono triste.

Tantas vezes ele tocou junto aos pássaros e agora silencia diante de ti.

Outono,de folhagens recobrindo as passagens e vestindo a terra fértil para sorver nutrientes,e restabelecer as árvores desnudas em que muitas vezes tuas folhas

recobriam com roupagem de um florir em tardes primaveris,porém hoje as flores adormecem e ficam à espera das borboletas nos pousos rasantes,e dos bem-te-vis em plumagens contrastantes.

Outono,tu chegas e contigo nos enclausuramos em abrigos,mas o violino lá está apenas adormecido,para assim acordar em uma nova estação.

Sejam bem vindos dias de Outono,com tardes mais amenas,nos mostrando nas alamedas os cumprimentos das quaresmeiras com suas pétalas abrindo-se em flor,pois foram aguadas com águas do amor. 

Amigos,ontem 20 de março de 2016 começou o 1º 
dia de Outono aqui em nosso País-Brasil.

Desejo a todos um feliz Outono.

Carmen Lúcia-Imagem-Zezete-centerblog.

Gradis desfeitos.

Gradis rompem-se e deixam corpos em arrepios.

Almas encontram-se e sem arredios,perpetuam essa entrega.

Libertam esse desejo de uma espera.

Respiram o mesmo ar,e murmuram palavras de amar. 

Em silêncio veem as amarras rompidas.

São plenos e vorazes nas trocas dos beijos,sem pensamentos de uma partida.

Encontros marcados pelo tempo,sem receios.

Lúcidos,passeiam pelos entre meios de cada frase pronunciada.

Com os gradis rompidos,agradecem sem ser preciso subjugar essa ação,pois endossam como direitos aceitos e entregam-se a esse amor,entre os gradis desfeitos.

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Prelúdio.

A voz embarga,e o silêncio se aquieta.

É necessário que seja absoluto para ouvir somente o prelúdio de canções feitas a nós.

Envolvo-me em cada som,tentando 

ouvi-los mesmo que silenciosos,pois repercutem pausadamente dentro de minh'alma como ósculos que tantas vezes foram donos dos nossos lábios e selados em doces murmúrios juntos com notas musicais,
deixando-nos sorver esse querer um profundo êxtase, que fez parte de momentos angelicais. 
 Prelúdio para dois seres amantes ouvirem,na quietude do silêncio...

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Não Olvides.

Não olvides de nossos sentimentos em que tudo era liberto através de manifestos e atrações mútuas.

Os laços uniam-nos,e superavam quaisquer obstáculos.

As trocas de juras,os beijos e os abraços eram feitos por escolhas compactuadas.

Não há como olvidar esses tempos,pois em cada palavra surgia o doce abrigo dos encontros inesperados,dos furtivos passeios e os anseios desejados.

Tuas mãos estendiam-se para enlaçar as minhas,e como adolescentes,caminhávamos em busca de alcançar o céu,para ver bem de perto o luzir dos pontinhos ofuscantes chegando até nós como diamantes para segurarmos e não deixá-los apagar àqueles momentos prazerosos. 

Esquecer é fazer essa luz submergir,naufragar nas encostas e ficar sem clarear as respostas.

Ah...Não olvides de nossos sentimentos.  

Carmen Lúcia-Imagem Cabschau-centerblog.

Um aquecer Ausente.

Um corpo pedinte e enlouquecido por um momento recorda trajetórias vividas de encontros e desencontros.

Anseios de mãos perdiam-se em linhas retas e curvas.

Sobre contornos completavam-se por palavras sussurradas em sopros de amar,mas agora desfeitas ao soprar do vento,ficam como plumas estagnadas sem o ritual de esvoaçar através do tempo.

Uma frágil naturalidade se faz,mesmo com a insistência de lágrimas escondidas a chorar.
E a nudez ínfima,aparece em nuances à espera de concretizar um deslize,sem ser vulgar.
Um desejo,uma espera!
De repente...O sentimento de um tatear é sorvido delicadamente em arrepios e são aquecidos sobre o corpo meio desnudo,dando-lhe a sensação de um ser estar presente,mas...
É simplesmente,um aquecer ausente.

Carmen Lúcia-Imagem-Cabschau-centerblog.