Ao longe vejo o prenuncio de uma tempestade,aves gorjeiam sons instigantes e inflados à procura dos ninhos.
O céu escurece e afronta-se com as nuvens em duelos regurgitados.
Busco compreender o tempo e a necessidade desse encontro negro desaguando sobre o mar.
Revolto,agita-se e faz perambular meu olhar ao infinito.
Sobre águas caminho como andarilha sem destino,mas tento refugiar-me desse desatino e segurar-me como âncoras para não ficar submersa nesse universo aquoso.
Um marasmo de repente se faz,e o céu amoroso começa azular,sem duelar.
As nuvens escuras escondem-se e aos poucos mostram a claridade dessa intempérie,que vagarosamente suaviza o pisar da minha passagem.